Montessori, a ciência por trás dos Gênios • PARTE 1

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O Impacto do Movimento na Aprendizagem e Cognição

Na educação tradicional, o aluno tem sua própria mesa na sala de aula e deve permanecer sentado na cadeira enquanto a professora está lecionando. Isso é comum durante quase todas as aulas e aulas; mesmo na classe de Educação Física, acredita-se que o aluno precisa de algum ensino teórico. Consequentemente, movimentar-se na sala de aula é considerado perturbador e um sinal de mau comportamento. Afinal, a falta de movimento parece ser muito adequada na educação tradicional, já que é um modelo de fábrica: todos fazendo o mesmo, "aprendendo" o mesmo, da mesma maneira.

No entanto, Maria Montessori tinha uma convicção muito distinta sobre o movimento na sala de aula. Montessori acreditava que o movimento e o desenvolvimento mental estão intimamente relacionados. Portanto, o movimento é um dos princípios fundamentais da educação Montessori e, é o instrumento que permite que a criança explore o meio ambiente e aprenda dele.

Dra. Montessori afirmou que "o desenvolvimento mental deve estar conectado com o movimento e ser dependente dele" (1967). “mental development must be connected with movement and be dependent on it.” (ênfase minha)


"O desenvolvimento mental deve estar conectado com o movimento e ser dependente dele." (Maria Montessori, 1967)

Além disso, pesquisas experimentais feitas por psicólogos mostram a relação do movimento corporal com o desenvolvimento cognitivo. Em suma, aqui estão alguns exemplos sobre como o movimento afeta o desenvolvimento cognitivo:

• O rastejar e agarrar desenvolvem processos mentais básicos na criança. Ao rastejar, uma criança não só desenvolve a percepção de seu próprio corpo, mas também a representação do layout espacial. Em outras palavras, ele é capaz de imaginar onde os objetos estão no espaço. Igualmente importante, é mencionar que um bebê que se move sozinho pode representar um espaço melhor do que aquele que fica quieto ou está sendo movido passivamente (movido por adultos).

• Ao agarrar um objeto ou alguém , o bebê é capaz de seguir o olhar de uma pessoa.

• O movimento intencional, isto é, o movimento com um objetivo, está alinhado com o pensamento. Uma criança a quem é dada a oportunidade de se engajar em movimento (por exemplo, uma criança que chuta as pernas para o ar para fazer com que o móbile se mova) experimenta como suas ações podem afetar o meio ambiente.

• Gestos podem ser um mecanismo para auxiliar o processamento cognitivo de ideias abstratas na conversa. As pessoas estão inclinadas a fazer mais gestos quando os pensamentos que precisam transmitir são mais complexos, portanto, o gesto pode facilitar o pensamento.

• A memória é melhorada. Um exemplo simples é a memorização de um roteiro, os atores podem lembrar suas linhas melhor quando executam seus personagens, ao invés de apenas ler ou expressar as linhas de seu roteiro.

A Dra. Montessori percebeu que os resultados dos mecanismos do cérebro, dos sentidos e dos músculos são exibidos através de movimento. "Queremos, digamos, para se destacar no poder cerebral, mas para ter sucesso nisso, devemos incluir os outros lados também. Para aperfeiçoar qualquer atividade determinada, o movimento será necessário como a última etapa do ciclo. Em outras palavras, uma espiritualidade superior só pode ser alcançada através da ação. "(Montessori, 1967)

“We want, let us say, to excel in brain-power, but to succeed in this we must include the other sides also. To perfect any given activity movement will be needed as the last stage of the cycle. In other words, a higher spirituality can only be reached through action.” (Montessori, 1967)

Movimento é constante em um ambiente Montessori.

Basta observar qualquer sala de aula Montessori autêntica e você poderá ver sua aplicabilidade em todas as áreas do currículo: quando uma criança traça uma letra de lixa com os dedos, anda em um vai e vem para recolher os cubos a fim de construir a torre rosa, prepara seu próprio lanche e lava os pratos e talheres, pratica problemas matemáticos com materiais tangíveis, toca um instrumento e organiza flores na sala de aula.

Enquanto o movimento é uma parte extra do currículo em uma escola convencional, na educação Montessori é parte da vida da criança. Em resumo, torna-se claro que Maria Montessori tinha um entendimento profundo sobre a conexão do movimento e a cognição, e que o currículo e os materiais desenvolvidos por ela, respeitam o desenvolvimento e interesses da criança.


 

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