Montessori, a ciência por trás dos Gênios • PARTE 2

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Interesse e Aprendizagem

Estudos realizados nos últimos vinte anos apontam para os benefícios do interesse em aprender. É perceptível que a capacidade de se concentrar e manter a atenção é muitas vezes acendida por interesse pessoal. Além disso, a memória cognitiva se desenvolve a partir da relação da criança com objetos de interesse pessoal no ambiente, e a criança que trabalha ou estuda coisas de interesse pessoal é uma criança feliz. Sua atitude em relação ao trabalho é mais positiva e, consequentemente, ele é mais produtiva. As descobertas acerca do impacto do interesse na aprendizagem deveria gerar em nos um nível de a consciência mais alta sobre sua relevância na educação do século XXI.

Durante os períodos sensíveis, a criança tem uma predisposição para aprender uma habilidade específica.

Maria Montessori observou que interesse é primordialmente algo construindo no interior da criança. E esse desejo interior de aprender o que satisfaz sua alma é devido à orientação do que ela chamou de Períodos Sensíveis. Durante os períodos sensíveis, a criança tem uma predisposição para aprender uma habilidade específica. Portanto, ele é atraído por algo de interesse pessoal. Como os períodos sensíveis são transitórios, é muito importante atender às necessidades da criança enquanto ele estiver em um período sensível de aprendizado.

A Educação Montessori é focada principalmente na criança, e como satisfazer essas necessidades, oferecendo a ele os objetos e o trabalho necessários para seu aprendizado.

A Dra. Montessori observou cuidadosamente os diferentes aspectos da educação que devem influenciar o interesse pessoal e tópico. Incluídos, mas não limitados, são: o professor, o currículo e os materiais. Os guias Montessori sabem que a economia de palavras é um pré-requisito no desempenho de seus papéis. Ao apresentar uma lição, o professor deve usar apenas as palavras necessárias, para que a criança dirija sua atenção e concentre-se no material de interesse. Por outro lado, os professores montessorianos devem ser interessantes para a criança, manter uma boa postura e usar um tom de voz agradável na sala de aula.

O professor Montessori deve estar atento aos interesses da criança e, portanto, dar lições oportunas, de acordo com o desenvolvimento da criança, quando a criança evocar o máximo de interesse. Pelo fato de Montessori acreditar que a integração e a interconexão estão associadas ao interesse, ela também acreditava que ter um único professor que dá aulas sobre assuntos diferentes seria benéfico, pois é possível que os interesses da criança sejam estimulados ao ver as inter-relações entre coisas.

O currículo de Montessori é interconectado e inter-relacionado. As atividades da vida prática preparam a mente matemática da criança enquanto ela analisa e executa várias etapas, mede partes e mantém o foco em uma tarefa por um longo tempo. Tarefas simples como transvasamento de líquidos, montar um quebra cabeça, e martelar pregos, fortalecem os músculos da mão e desenvolvem o movimento de pinça, que são a preparação para a escrita. A medida que a criança trabalha com materiais sensoriais, por exemplo, a torre-de-rosa e o cubo do trinômio, ele experimenta concretamente fórmulas matemáticas, e também pode procurar padrões na natureza com base em seu trabalho com o gabinete de botânica. Esses são alguns exemplos que mostram a profundidade da interconexão entre o currículo e os materiais criados por Maria Montessori.

A relação entre eles faz com que a criança vincule interesses e, portanto, aprenda mais.


 

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